Garra é o que te move a fazer algo que te encanta. É algo muito maior que a própria pessoa, superando o prazer e dando um propósito. Olá, pessoa de sucesso!
Hoje parei para escrever a respeito daquilo que eu aprendo toda semana sobre “GARRA”.
Ao mesmo tempo que eu compartilho conhecimento para que você tenha “garra”, eu também preciso dela para que eu continue firme no meu propósito. Complexo, né?!
(Atenção: o parágrafo a seguir pode dar um nó na cabeça)
Para mim, “Garra” proporciona um prazer autotélico, em que sua razão de existir é o seu próprio objetivo. De acordo com Katie Salen e Eric Zimmerman, em Rules of Play: Game Design Fundamentals, os jogos também proporcionam prazeres autotélicos.
Todo fim de semana é uma “angústia”. É um momento em que aproveito para ficar um pouco mais de tempo com a família e com os meus filhos. Porém, também é o tempo que consigo para poder ajudar outras pessoas, dedicando um tempo para escrever aos meus alunos e para você.
Nas últimas semanas eu tenho me perguntado: “o quanto que isso vale a pena: sacrificar passar mais tempo com os meus filhos para compartilhar gratuitamente conhecimento? Vale a pena mesmo?”. É difícil até achar alguém para fazer essa pergunta e ouvir uma opinião.
Nos últimos tempos eu tenho feito “perguntas difíceis” como essas e tenho encontrado nos livros as respostas. Foi o que aconteceu comigo com esse questionamento ao que, por acaso, “me achei” no livro “Garra: O Poder da Paixão e da Perseverança”, da autora Angela Duckworth.
Motivação interna e externa
A sua motivação pode ser regulada por você mesmo (intrínseca) ou por fatores externos (extrínseca).
Partindo de você, é quando você tem um interesse que te faz superar-se diariamente. É quando você tem fé e acredita que você já venceu.
Duckworth afirma que você “pode aprender a manter a esperança quando tudo parece estar perdido”.
Já na motivação externa, você precisa ter uma pessoa que te impulsione a manter-se “no pique”. Nessas horas todo santo ajuda, mas também é bom poder contar com as pessoas queridas (pais e amigos), conexões “reais” (professores, orientadores, mentores, chefe, colegas), até mesmo grupos online (como nossa comunidade online de empreendedores).
Garra x Tempo da Família
Duckworth comenta que as pessoas que trabalham com muita garra, sentem uma grande emoção, porque sentem que estão fazendo algo maior que elas mesmas. Isso dá uma grande satisfação com a vida.
Ela se sentia assim, mas não sabia se a sua familia sentia o mesmo. Por isso, ela perguntou às suas filhas. Apesar das suas filhas muitas vezes questionarem se as conversas tinham que sempre se resumir às pesquisas da mãe, para elas, era um orgulho ter uma mãe como modelo de garra.
Para você refletir: para você buscar inspiração na sua vida, pense agora em uma pessoa que lhe é exemplo para você se tornar uma pessoa melhor e responda porquê.
Garra x Controle
Ter muita garra nunca é um problema. Você já ouviu alguém reclamar que alguém está chato porque está com garra demais?!
Porém, é importante que a garra seja acompanhada de um controle de moralidade, sem que a pessoa tenha que “puxar o tapete de alguém”.
A pessoa também precisa exercer um autocontrole, evitando desperdiçar o seu tempo em atividades que podem não agregar tanto valor aos seus objetivos, como alguns programas de tv e videogame, por exemplo.
Duckworth lembra de outros controles, como o das emoções, para saber tolerar as outras pessoas e viver em harmonia, permitindo manter-se otimista e realizar uma atuação social.
Ter garra é não deixar de pôr um pé diante do outro. Ter garra é buscar uma meta interessante e significativa. Ter garra é se dedicar, dia e noite, semana após semana, durante anos a fio, a uma atividade desafiadora. Ter garra é cair sete vezes e levantar oito. — Angela Duckworth
https://www.ted.com/talks/angela_lee_duckworth_grit_the_power_of_passion_and_perseverance?language=pt-br
Quando você entende que você pode ajudar outras pessoas e isso pode contribuir para o seu interesse pessoal, você encontra o seu propósito.
Garra x Vocação
A nossa evolução nos levou a nos reunir em sociedade e isso elevou as nossas chances de sobrevivência.
Duckworth afirma que “de modo geral, as coisas que nos dão prazer são as mesmas que aumentam nossas chances de sobrevivência”.
Assim sendo, os nossos interesses ligados em contribuir para com a sociedade nos dão prazer. Contribuir para a sociedade passa a nos fazer feliz e torna-se o nosso ideal.
Quando unirmos interesse e ideal, BINGO, é o momento “mágico” em que temos plena convicção que encontramos a nossa vocação.
Na parábola dos 3 pedreiros, perguntaram a eles: “O que vocês estão fazendo?”
O primeiro que respondeu: “estou assentando tijolos”, vê o trabalho como um emprego para pagar as contas. O segundo que responde: “estou construindo uma igreja”, entende o trabalho como uma oportunidade para subir na carreira. E o último que responde: “estou construindo a casa de Deus”, uma das coisas mais importantes dentro da sua vocação.
Pesquisas demonstraram que pessoas que se focaram em combinar interesses pessoais, contribuindo para a sociedade, tiveram mais sucesso do que aquelas que se focaram somente em seus próprios interesses.
Torne o seu trabalho mais interessante
Para que você torne o seu trabalho mais interessante, você pode dar um novo significado às coisas que você faz.
Lembre-se que o seu trabalho tanto resolve problemas dos clientes do seu negócio, como também pode gerar empregos para pessoas que atuam no seu trabalho direta e indiretamente.
Para refletir: “de que forma o que eu faço contribui para outras pessoas?”
Conclusão
Busque ser útil para a sociedade. Trate todos bem, de forma igualitária, e sempre colocando-se disposto a ajudar. Acredite que você faz a diferença.
Tenha uma semana de muita garra!
Um abraço,
Angelo
P.S.: Como posso te ajudar?