A gente costuma avaliar o sucesso financeiro de alguém pela aparência. Porém, muitas pessoas podem passar a imagem de ricas, mas estão vivendo em dívidas.
- Riqueza: a pessoa incorpora o hábito “fingir até conseguir”. Ela pode se sentir rica gastando muito dinheiro. Ela pode argumentar: "eu mereço e vou gastar".
- Fortuna: é o quanto você tem na conta que você poderia comprar em algo, mas não fez por decisão sua. É o que você tem, mas não gasta. E a forma de ter fortuna é não gastar o que você ganha. Ela pensa: “eu estou satisfeito com o que tenho, vou economizar”. Requer exercer o seu autocontrole.
“Fortuna é aquilo que você não vê.” — Morgan Housel
Quando o seu colega aparecer com um carro de 300 mil reais, a conclusão que você pode ter é que ele tinha 300 mil reais a mais antes de comprar aquele carro. Você não pode dizer que ele tem fortuna, porque você não tem como ver suas conta bancária. Você pode dizer que ele é rico, porque ele tem que ganhar o suficiente pelo menos para pagar a parcela do carro.
Nós, seres humanos, temos como gatilho mental aprender por imitação, seguir um efeito manada. Mas se as fortunas são algo que as pessoas não contam e não conseguimos enxergar suas contas bancárias e seus investimentos, fica difícil de tangibilizar e querer imitá-las.
Logo, o que acontece é o efeito contrário: a gente vê as pessoas com suas aparências (casas grandes, carros novos, roupas da moda, etc.) e seguimos a tendência de gastar para imitá-las.
Fonte: adaptado de A psicologia financeira: lições atemporais sobre fortuna, ganância e felicidade. Por Morgan Housel. Editora HarperCollins.