Você precisa ter cuidado com os testes que você faz. Entende a importância de se criar um ambiente de teste em Marketing.

Você contrata uma ferramenta nova para o seu Marketing.

Você sabe que ninguém lê manual.

Dependendo da ferramenta, existe um processo de “Onboarding”, que o fabricante da ferramenta marcará uma ligação (ou algumas) para acompanhar a sua empresa nos primeiros passos.

Se o Onboarding é pago, mas opcional, você não contrata.

Os emails automáticos que você recebe ao contratar a ferramenta com dicas de como usá-la você decidir parar de receber, clicando no link “Unsubscribe”.

Você gosta mesmo de “ir na raça”. Abrir a ferramenta, fuçar, ir testando e aprender fazendo.

Se esse é o seu estilo, sem problemas. Cada um tem o seu “modus operandi”, não é mesmo?!

O problema é que os testes podem “sujar” a ferramenta (base de dados).

Eu explico:

Algumas ferramentas quando você faz algum tipo de ação registra as suas atividades. Essas ações geram dados, que se transformarão em relatórios analíticos. Esses relatórios fazem um “apurado” das informações e geram dados macros.

Mesmo que você exclua as ações (testes) que você fez, os dados macros não são apagados (alterados).

Ou seja, você ficará com dados de testes que poderão “atrapalhar” a análise dos dados reais.

Este seu ambiente único é o que eu irei me referir como “ambiente de produção”.

Testes no ambiente de produção em Marketing

Da mesma forma que pode não ser uma boa prática fazer testes em “ambiente de produção”, você também pode ter esse tipo de cuidado em outras ações de marketing, como as páginas das empresas nas redes sociais, o blog e website.

Hoje as redes sociais tem algoritmos complexos que fazem análises sofisticadas dos conteúdos que você publica.

Esses posts influenciam (“pesam”) no alcance da página como um todo.

Por exemplo, se você tem uma página que pode ser considerada uma pontuação (“score”) de 80 (na visão da rede social), mas você nas últimas semanas tem experimentado coisas novas no perfil da empresa que não deram muito certo (ex: não engajou), a pontuação do perfil começa a cair semana-a-semana (de 80 passa 78, para 76, depois 72, etc). Quando você volta a gerar engajamento, sua pontuação começa a crescer novamente.

Um outro aspecto importante é que os sistemas atuais usam recursos de “Aprendizado de Máquina” ("Machine Learning”). Isso quer dizer que a máquina aprende analisando o que você faz e os resultados que suas ações geram. A partir de suas ações, o algoritmo começa a buscar compreender o seu comportamento.

Em se tratando de uma ferramenta, o Machine Learning pode, por exemplo, dar “dicas” ao operador do que ele deve fazer, ou criar relatórios com as ações que geraram mais resultados.

Já o Machine Learning do Google, usa algoritmos para decidir que conteúdos ele deve posicionar em primeiro para cada usuário do sistema de busca, decidindo o que pode ser mais relevante para essas pessoas de forma individualizada.

Se você está fazendo testes no seu blog em ambiente de produção, esses conteúdos estão sendo “enviados” para o Google. O Google entenderá que esses testes são conteúdos válidos e reais, já que ele não tem como entender o que é teste ou “oficial”.

Se você publica os testes e depois de um tempo apaga, o algoritmo do “Machine Learning” do Google pode entender que “esse blog é bipolar, cria conteúdo mas depois apaga”, e o machine learning do Google decide: “não vou mostrar esse blog mais nos resultados de pesquisa não”.

Ambiente de teste em Marketing

No mundo em que cada vez mais temos o avanço do Machine Learning, considere criar um ambiente de teste para o seu site, blog e também perfis nas redes sociais. Assim você pode realizar experimentos com tranquilidade e sem comprometer os algoritmos do ambiente de produção.

No caso de criar páginas e perfis nas redes sociais para testes, você não precisa usar o nome de sua empresa no perfil. Você também pode criar perfis privados.

Essa prática de criar “ambiente de teste” e “ambiente de produção” é muito utilizado no universo de tecnologia e de desenvolvimento (linguagem de programação).

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O “ambiente de teste” também é chamado de “sandbox” (caixa de areia — as pessoas compram caixa de areia para os seus gatos e que os pais levam as crianças para brincarem em espaços de areias em parques). É um lugar para você poder “chafurdar” (minha mãe usava esse termo em casa).

Em grandes empresas, por exemplo, além do “ambiente de teste” e do “ambiente de produção”, outras camadas de ambientes são criadas.

Em multinacionais, quando um novo website é produzido, 4 ambientes são criados. Os códigos que são desenvolvidos para o website são como águas que percorrem um cano (pipeline) em 4 estágios. São eles:

  • Development (Desenvolvimento): geralmente executado localmente nas máquinas dos desenvolvedores.

  • Review (Revisão): é um ambiente em que são realizados os testes

  • Staging (a melhor tradução que encontrei para esse termo neste contexto é de “encenação”): é um ambiente que tem as mesmas configurações do ambiente de produção e que uma vez validado e aprovado, é promovido para produção.

  • Production (Produção): o nome “produção” já se se auto define. É o ambiente “oficial”, “final”, “real”.

É importante que junto com a criação de um ambiente para testes, você inicie uma documentação dos testes que foram realizados, indicando quais foram as hipóteses levantadas e os resultados obtidos.

E aí, pronto para criar um ambiente de teste para o seu Marketing?!